Numa altura em que devemos permanecer isolados, a Feira Internacional do Livro de Bogotá convida os seus leitores a se manterem unidos com uma programação de atividades para todos os públicos. Como resposta à atual conjuntura, a FILBo lançou na terça-feira, dia 7 de abril, a campanha #La-FILBoEnCasa. Os canais digitais da FILBo e da Corferias, assim como a página web da feira (www.feriadellibro.com), vão acolher atividades de programação literária, cultural, profissional e académica com o objetivo de chegar a todos aqueles que a visitaram nos últimos anos.
Na página www.feriadellibro.com é possível obter informações sobre as atividades programadas pelos expositores, e é colocada à disposição uma montra digital FILBo onde estes últimos podem expor os seus catálogos e novidades.
Programação Cultural: De 21 de abril a 5 de maio, datas originais da FILBo. Terão lugar quatro atividades diárias que serão transmitidas ao vivo, com autores convidados que vão abordar vários temas. As faixas horárias são pensadas para alcançar os vários públicos da FILBo: crianças, jovens, adultos e profissionais do setor.
O lançamento oficial da programação terá lugar na segunda-feira, 13 de abril, nas redes da FILBo e da Corferias. Pode ser consultada na página web.
Clubes de leitura: Desde terça-feira, 7 de abril, estão abertas as inscrições para participar num dos sete clubes de leitura virtuais programados pela FILBo, um por dia, com várias temáticas e moderadores. Cada Clube reunirá virtualmente a partir da próxima semana, às 6:00 p.m., e contará com 4 sessões.
Segunda-feira: A nossa voz. Um espaço dedicado à literatura colombiana, a cargo do livreiro Jimmy Torres. Será lido o livro Delírio, de Laura Restrepo.
Sessões: 14, 20, 27 de abril, 4 de maio.
Terça-feira: O Rio. Um espaço para conversar sobre meio ambiente e sustentabilidade, com a moderação da jornalista de ciência colombiana Ángela Posada-Swafford. Será lido o seu livro Um inimigo invisível.
Sessões: 14, 21 e 28 de abril, 5 de maio.
Quarta-feira: As Sinsombrero. Dedicado à obra literária escrita por mulheres, trata-se de um espaço para desfrutar de leitura de viagens, memórias e reflexões. Ficará a cargo de Gloria Susana Esquivel, escritora, poeta, jornalista e tradutora. Será lido o livro Caderno de faróis, de Jazmín Barrera.
Sessões: 15, 22 e 29 de abril, 6 de maio.
Quinta-feira: Terras nórdicas. Um espaço dedicado à região e seus autores, moderado por Diego Felipe González, jornalista e historiador. Será lido o livro Visão da memória, de Tomas Tranströmer.
Sessões: 16, 23 e 30 de abril, 7 de maio.
Sexta-feira: Para ler ao entardecer. Um clube de leitura inspirado nos relatos curtos, moderado pelo escritor colombiano Pedro Badrán. Será lido o livro Hoje decidi vestir-me de palhaço, de Álvaro Cepeda Samudio. Cada uma das sessões contará com um relato diferente.
Sessões: 17 e 24 de abril, 1 e 8 de maio.
Sábado: Jogos da fome. Um espaço para conversar sobre literatura e distopias, a cargo da jornalista cultural Laura Ocampo. Será lido O conto da criada, de Margaret Atwood.
Sessões: 18 e 25 de abril, 2 e 9 de maio.
Domingo: Onde vivem os monstros. Yolanda Reyes e Isabel Calderón, em colaboração com a livraria Espantapájaros, propõem uma conversa para explorar o universo da literatura infantil, conhecer autores e ilustradores, e descobrir os livros ide-ais para falar com as crianças e ajudá-las a se decifrarem nessa língua simbólica da literatura. Partilharão a leitura do livro Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak, e cada sessão contará com um livro diferente.
Sessões: 19 e 26 de abril, 3 e 10 de maio.
Cartas à FILBo: A FILBo inspira-nos, motiva-nos, permite-nos conversar, aproxima-nos, liga-nos… Queremos por isso mesmo convidar os nossos seguidores a escreverem uma carta à FILBo (voltar à palavra escrita, embora também se possa recorrer a uma ilustração, a um desenho ou a uma caricatura).
As cartas serão recebidas nas redes sociais da FILBo e da Corferias, com as hashtags #FILBo2020 #LaFILBoEnCasa. As primeiras 100 cartas serão colocadas numa parede da página web da FILBo durante os dias da feira (de 21 de abril a 5 de maio). Será feita uma segunda seleção, para criar uma parede com as cartas dos nossos seguidores para a seguinte edição da FILBo.
Eventos de expositores e parceiros: A programação dos associados, parceiros e expositores da FILBo agendada para essas datas pode ser consultada na página web da FILBo com a hashtag #LaFILBoEnCasa.
Lembremos: Nesta secção serão publicados vídeos e áudios de conversas da FILBo 2019 e de anos anteriores.
Montra virtual: Será disponibilizada uma lista com as lojas virtuais dos editores, distribuidores e livreiros, com a respetiva oferta editorial física e digital.
“O nosso modo de vida, drasticamente alterado de um dia para o outro, precisa de espaços de confiança, lugares comuns e queridos que nos convidem à reflexão, a pensar, a questionar, a imaginar, e sobretudo a entender o mundo em que estamos a viver. Por isso, a partir de hoje, a FILBo poderá entrar nas suas casas com várias atividades e uma grande afinidade por aquilo de que gostamos e que nos apaixona: ler, e que sejam os livros e as palavras que nos levem pela mão nestes tempos… E são esses mesmos livros, com os seus múltiplos significados e alcances, que nos convidam a cuidar, a apoiar e a reconhecer o trabalho de todos os agentes da indústria editorial. Esperamos por si!”, é o convite da diretora da FILBo, Sandra Pulido Urrea.
Também Tatiana Rudd, Chefe de Projetos, refere que “a FILBO foi sempre um aperitivo para quem adora a literatura e o mundo dos livros, e que aposta na indústria editorial. Por isso, face à presente conjuntura global que estamos a viver, o papel da Feira tem de estar mais vivo do que nunca. Contamos felizmente com suportes e facilidades digitais que permitem estabelecer contactos e gerar novas conversas que nos façam lembrar que este mundo está cheio de amor, esperança e futuro. E, no caso da Feira: de livros e de palavras. É por isso que a FILBo se adaptará ao momento atual e contribuirá com o seu pequeno grão de areia para acompanhar cada pessoa, abraçá-la à distância e dizer-lhe que não está sozinha, que encontrará na leitura um lugar de esperança. Um abraço que por agora é distante, mas que sabemos que será físico, como todos os anos na Corferias, quando nos ornamentamos de leitura e cultura”.